Facetas, coroas de porcelanas e lentes de resina: Entenda as diferenças de preparos dentais e indicações
Quando se trata de reabilitação estética dental, facetas e coroas de porcelanas e lentes de resina são termos frequentemente ouvidos, mas entender as diferenças entre essas técnicas é fundamental para um tratamento bem-sucedido.
Conversamos com o renomado cirurgião-dentista, Dr. Jailson Andrade, especializado em Implantodontia e Prótese Dentária, com referência em Recife, para nos ajudar a desvendar essas nuances. Uma das perguntas mais comuns que os pacientes fazem é se é necessário desgastar os dentes para receber facetas.
O Dr. Jailson Andrade explica que, para todas essas técnicas, o dente precisa estar preparado. O posicionamento dos dentes é essencial, e, em alguns casos, pode ser necessário tratamento ortodôntico prévio para alinhar corretamente os dentes.
Em situações em que um dente está fora do alinhamento e o paciente não deseja usar aparelho ortodôntico, é necessária uma técnica chamada de “desgaste estratégico”, que envolve a remoção da parte do dente que está fora do alinhamento, preparando-o para receber facetas.
Outro cenário comum é quando os pacientes sofrem traumas nos dentes anteriores ou têm cáries extensas que afetam a polpa dentária, resultando no escurecimento dos dentes. Nesses casos, preparos mais invasivos podem ser necessários para acomodar as camadas do material que disfarçará a descoloração. Isso se aplica tanto às facetas de resina quanto às de porcelana.
O Dr. Andrade destaca que, quando se trata de coroas de porcelana, o processo de preparo é substancialmente diferente das facetas. As coroas envolvem todas as paredes do dente, não apenas a parte frontal. Geralmente, o paciente tem pouco tecido dentário remanescente devido a cáries extensas ou traumas, exigindo a inserção de um pino intra-radicular para reforçar o dente antes de receber a coroa de porcelana.
Facetas em resina composta podem ser feitas sem desgaste, desde que os dentes estejam bem posicionados e não estejam escurecidos. Isso é possível por meio da técnica aditiva de resina composta. No entanto, quando se trata de laminados de porcelana, um desgaste mínimo é necessário porque essas peças são fabricadas de forma indireta, em um laboratório.
O Dr. Jailson Andrade ressalta que não há uma resposta definitiva sobre qual técnica é a melhor. A escolha depende das necessidades do paciente, do planejamento clínico e, muitas vezes, do orçamento. Resinas compostas ganharam popularidade devido ao seu custo-benefício mais acessível.
Em última análise, a chave para o sucesso está em encontrar o equilíbrio entre as necessidades clínicas e as expectativas estéticas de cada paciente. Dr. Jailson Andrade destaca a importância de uma avaliação minuciosa e de um planejamento adequado para alcançar resultados estéticos e funcionais satisfatórios na odontologia estética moderna.